19 de fevereiro de 2010

Conexão com a Arte

Caros amigos,
Faz muito tempo que não escrevo e não mando notícias. Motivos são muitos. Preguiça, falta de assunto, novas perspectivas, em fim, resolvi voltar a ativa e por um motivo mais do que importante retomando as minhas conexões com a vida, com as atividades profissionais e pessoais.
Neste momento as duas estão misturadas por um bom e grande motivo. Uma conexão mais do que existencial, É CÁRMICA.
Meu irmão, Paulo Pitombo um tremendo artista plástico e educador fará uma exposição de seus trabalhos em São Paulo, voltando a fazer em que houve um intervalo por que estava envolvido em outras “paradas”. Finalizou o mestrado no Instituto de Artes da UNICAMP sob a batuta da Profª Lucia Helena Reily e especialista em Arte-Educação ECA USP, entre outras coisas.
Para mim ele é um vencedor em todos os aspectos mas nem todos acham isso, principalmente aqueles que são preconceituosos.
Preciso deixar isso público, por vivenciar a mais de 40 anos a luta pela qual ele trava todos os dias. O Paulo possui uma deficiência visual descoberta na adolescência. Esse fato não o empediu de ir em busca dos seus desejos e sonhos. E um dele se realizará no PontoArt - Espaço de Artes e Objetos a Rua Inácio Pereira da Rocha, 246 - Vila Madalena - São Paulo, SP no próximo sábado, 27 de fevereiro de 2010, das 12 h às 17 h.



O PontoArt  inicia a série de vernissages prevista para 2010, dando a sua contribuição para, cada vez mais, firmar São Paulo como o maior pólo de arte e de cultura do hemisfério sul. A Exposição permanecerá até 13 de março.






Venha prestigiar o trabalho deste importante artista no mês de aniversário da Semana de Arte Moderna de 1922. A produção cultural está sob a responsabilidade de Marrey Peres Jr. e Lucília Giordano.


Anexo a esse texto a crítica Oscar D’Ambrosio.
            


    A ambigüidade do firmamento

                Firmamento é uma palavra misteriosa. Se, por um lado, evoca uma base, algo sólido; por outro, está vinculada ao espaço, abóbada celeste na qual aparecem as estrelas, universo em constante mutação. É nessa ambigüidade que o trabalho plástico de Paulo Pitombo ganha força, pois seu fundamento está na assídua transformação.
                As imagens que apresenta nesta exposição lidam com fundos muitas vezes em preto, áreas coloridas que funcionam como bordas e manchas salpicadas que auxiliam na construção de atmosferas nos dois sentidos do termo: tanto do clima da pintura como do âmbito sideral que ela evoca.

                O pensamento da criação reside na maneira como as obras dialogam entre si, mantendo uma coerência. Isso não significa uniformidade, mas sim uma linguagem que remete às figuras obtidas pelo Hubble, satélite astronômico artificial não tripulado que transporta um grande telescópio.

                A conversa instaurada entre as imagens do Hubble e as elaborações de Paulo Pitombo propicia um pensar e um fazer que se articulam dialeticamente. Um alimenta o outro num processo pleno de reticências regidas pela busca incessante do artista pela manifestação de um conhecimento concebido por meio de sua produção plástica.

               Ms. Oscar D’Ambrosio, jornalista, 
 Artes Visuais pelo 
Instituto de Artes (IA) Unesp, 
integra a AICA-Seção Brasil.


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