14 de outubro de 2011

Homenagem aos meus mestres

Estive pensando o dia todo sobre isso. Por muitas vezes escutei que a docência é um sacerdócio. Aurélio, o dicionário, coloque é uma profissão honrosa ou uma missão. No meu caso acredito que seja genético pelo menos pelo lado da família do meu pai. Dos 6 irmãos 3 eram professores, minha tia Maria era professora na PUC de São Paulo, meu tio Sergio na faculdade de Direito da USP a do Largo São Francisco e meu pai da USP também, mas da Faculdade de Química. Não parou por aí, somos quatro filhos sendo que 3 são professores e estamos tentando trazer o desgarrado. Deu para entender a questão genética?!

Na verdade me sinto muito mais uma educadora do que especificamente professora apesar de que fazer parte desse processo educacional. Gosto de mostrar, discutir (não brigar) trazer a tona o mais puro prazer da descoberta. Lógico que isto não é fruto somente da intuição tem estudo (fiz magistério), exemplos é nesse ponto que quero chegar, dos meus professores aqueles que fizeram à diferente e diferença na minha vida.

Voltando ao passado, a minha primeira professora, engano de vocês em pensar em uma professora angelical, jovem. Foi uma senhora nos Estados Unidos – por causa do meu pai, isso é outra história. Esta senhora se chamava Mrs Philips, delicada, prestativa e fez questão que deixasse uma bandeira do Brasil quando fui embora.

Outra figura, Cassiano, professor de matemática, jovem, descolado, motoqueiro tudo que uma jovem de 14 anos poderia sonhar. Comecei a gostar de matemática por causa dele. Não durou muito tempo essa paixão não por culta dele, mas sim de um acidente que sofre e fatal. Foi duro encarar essa perda. Nessa mesma época tinha outra chamada Inês, professora de português, com ela li coisas jamais pensei que leria e que fosse gostar e não é que gostei, pois o que costumava a ler nessa época encontrava-se na banca mais próxima e tinha nomes peculiares, como Tio Patinhas, Monica, Zé Carioca, Riquinho e outros do mesmo gênero. Ela tinha uma didática interessante, discutíamos os livros lidos num gramado delicioso embaixo de uma arvore frondosa. Estávamos mais para Sócrates e seus discípulos, ou seja, Inês e seus alunos. Tenho boas recordações desse espaço de educação, hoje não existe mais era o Colégio Anglicano – SP.

Outro professor de matemática apareceu em minha vida (coincidência ou dificuldade sei lá nunca pensei dessa maneira), me mostrou a importância do esforço, da perseverança, todos o chamam de Zago. Naquela época ele não desistiu de mim e sempre me incentivada a transpor as minhas dificuldades. Consegui passar de ano? Não, ficou o aprendizado.

Outras pessoas passaram em minha vida não com o titulo de professor, mas me ensinaram, e muito.

Em outra experiência, difícil e árdua que foi durante o mestrado me deparei com uma mestra com m maiúsculo e foi nela que me espelhei como orientadora de projetos, monografias, etc. Posso resumir em dedicação, presteza, prontidão, disponibilidade, delicadeza e sempre buscando o melhor da gente. Hoje estou novamente nas mães desse excelente e humana mentora, Prof.ª Nadia.

Por isso e por outras coisas sinto-me a cada dia que passa como o bom e velho uísque quanto mais velho melhor eu fico.

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